os decaimentos seguem padrões conforme os níveis, potenciais e tipos de isótopos e se fusões ou fissões e coNforme energias secundários em que se encontram. com efeitos sobre outros fenômenos secundários.
Quando o físico neozelandês-inglês Lord Ernest Rutherford (1871-1937; PNQ, 1908) começou a trabalhar, em 1898, na Universidade McGill, no Canadá, além do químico inglês Frederick Soddy (1877-1956; PNQ, 1921), teve também como colaborador o químico alemão Otto Hahn (1879-1969; PNQ, 1944), que havia trabalhado com o químico inglês Sir William Ramsay (1852-1916; PNQ, 1904), que se tornou célebre por haver descoberto (ou confirmado) os gases nobres ou inertes(vide verbete nesta série). Em seus trabalhos com Ramsay, e depois com Rutherford, Hahn trabalhou com elementos radioativos, principalmente o rádio (88Ra) e o tório (90Th), ocasião em que isolou alguns átomos “quimicamente idênticos” a esses elementos, conhecidos como radioelementos. Porém, como o conceito de isótopo ainda não havia sido introduzido na Química (o que só aconteceu, em 1913, conforme veremos mais adiante), Ramsay, Hahn e Rutherford pensavam que tais átomos “quimicamente idênticos” se constituíam de novos elementos químicos. Tanto é assim, que Hahn chegou a denominar de radiotório, um dos isótopos do tório (Th228) que havia isolado, em 1905 (Proceedings of the Royal Society of London A76, p. 115; Chemical News 92, p. 251), e que lhe valeu um comentário, não muito lisonjeiro, do químico e físico norte-americano Bertram Borden Boltwood (1870-1927), da Universidade de Yale, nos Estados Unidos da América, especialista em decaimento radioativo do urânio (92U) e do Th, em uma carta que escrevera ao seu amigo Rutherford: O radiotório descoberto pelo Otto Hahn é um composto de tório e de estupidez.
É oportuno registrar que Hahn, ainda no Canadá e, também em 1905, descobriu mais dois “radioelementos”: o tório C´ (ThC´) (hoje, o isótopo do polônio: Po212) e o radioactínio (hoje, o isótopo do tório: Th227). Em 1906, ele voltou para a Alemanha e, nesse mesmo ano, descobriu mais dois daqueles elementos, constituídos de uma mistura de um “radioelemento” que ele chamou de mesotório (Ms) com o tório: mesotório I – MsTh1 (hoje, o isótopo do rádio: Ra228) e mesotório II– MsTh2 (hoje, o isótopo do actínio: Ac228). Além da descoberta desses elementos “quimicamente idênticos” (que mais tarde se mostraram apenas serem isótopos), Hahn é considerado o descobridor, juntamente com a física austríaca Lise Meitner (1878-1968), de um novo elemento químico: o protactínio (91Pa), em 1917. Vejamos um pouco da história da descoberta desse elemento.
Em 1871, o químico russo Dmitri Ivanovich Mendeleiev (1834-1907) previu a existência de um novo elemento químico, entre o 90Th e o 92U, em sua Tabela Periódica, proposta em 1869. Em 1900, físico e químico inglês Sir William Crookes (1832-1919) isolou um material decorrente do decaimento radioativo do U sem, contudo, reconhecê-lo como um novo elemento químico. Destaque-se que, em 1886 (British Association Report, Birmingham, p. 569), Crookes já aventara a possibilidade de um elemento químico apresentar diferentes pesos atômicos. [Sir Edmund Taylor Whittaker, A History of the Theories of Aether and Electricity: The Modern Theories (1900-1926) (Thomas Nelson and Sons Ltd., 1953).] Uma primeira evidência do protactínio foi encontrada, em 1912, pelos físico-químicos alemães Kasimir Fajans (1887-1975) (de origem polonesa) e Otto H. Göhring, inicialmente chamado por eles de UX2, uma vez que ele decorria da emissão beta (



Um novo aspecto do isotopismo foi apresentado, em 1907 (American Journal of Science 24, p. 370), pelo próprio Boltwood ao observar que existem átomos que são “quimicamente idênticos”, mas que diferem por suas propriedades radioativas. Foi nessa ocasião que ele denominou de iônio(hoje, o isótopo do tório: Th230) ao átomo que encontrara e que era “quimicamente idêntico” ao tório, mas que não podia ser quimicamente separado deste elemento. Em 1912 (Proceedings of the Royal Society of London A87, p. 478), Russell e R. Rossi, mostraram que os espectros óticos do iônio e do tório, eram indistinguíveis. Note-se que o excesso de trabalho de Boltwood provocou-lhe uma depressão nervosa que culminou com o seu suicídio.
Por sua vez, uma primeira tentativa de conceituar o isotopismo foi apresentada, em 1912, pelo físico dinamarquês Niels Henrik David Bohr
Nenhum comentário:
Postar um comentário